segunda-feira, 12 de setembro de 2011






EU E VOCE IGUAL A MENOS UM

* Menos um jovem nas drogas
* Menos um pai sem emprego
* Menos um lar sem alimento
* Menos uma vida sem conhecer ao Senhor Jesus

Participe! Colabore

Uma campanha da Igreja Metodista em Bom Jesus do Itabapoana em favor da vida

VENHA NOS VISITAR E SEJA MENOS UM!

"E os habitantes de uma cidade irão à outra cidade, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar ao Senhor dos Exércitos; EU TAMBÉM IREI". Zc. 8.21

Igreja Metodista do Brasil em Bom Jesus do Itabapoana
Rua Joaquim Ferreira Ramos, 60 - Centro - Bom Jesus do Itabapoana - Cep.: 28.360-000
Tel.: 22 38315122  E-mail: vagnermfreire@gmail.com
Pr. Vagner Freire

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Voce pode conquistar o impossível!!!


Para que o fruto permaneça!


“Não fostes vós que me escolhestes Amim; pelo contrario, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. João 15.16

Introdução

Nos versículos iniciais deste capítulo, Jesus deixa bem claro a condição para o crescimento e a geração de frutos: “... estar nele...” De outra forma, a conseqüência será: ser “cortado e lançado fora”.
Uma introdução bem dura para quem desejava falar da importância do amor e do cuidado um pelo outro. Mas era necessária tal palavra, afinal Ele estava preparando os seus seguidores para uma caminhada desafiadora e que precisariam “andar com suas próprias pernas”.
O “Ide” de Jesus continua soando em nossos ouvidos e junto ao “ide” o plantar e o cuidar. Veremos estes três pilares e com eles trabalharemos com o propósito de fazer com que os frutos alcançados até aqui, permaneçam!

O Ir, o Plantar e o Cuidar.

O Ir

No capítulo 4. 34-38 João relata uma palavra tremenda sobre o Ide de Jesus para os seus discípulos. Leiamos:

Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porem, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para vida eterna; e, dessarte se alegram, tanto o semeador como o ceifeiro. Pois no caso é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e o outro é o ceifeiro. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho”.
É interessante como Jesus destaca, no último versículo que ele enviava os discípulos para ceifar o que não haviam semeado!
Se observarmos, estamos no começo das narrativas de Jesus e, certamente, alguma resistência tenha tido para que tal discurso fosse anunciado. Talvez os discípulos tenham reclamado da tarefa que lhes estava sendo proposta e então, Jesus os adverte com tal palavra. “O campo de trabalho já está pronto, colham os resultados!”
No relato da grande comissão, vimos uma palavra de autoridade ministrada aos, já preparados, discípulos do Mestre Jesus: “Ide, portanto, e fazei discípulos...” Mt. 28.19a
Duas situações que nos levam a refletir em que posição estamos: daqueles que encontram o campo pronto para a ceifa e ainda assim questionam e daqueles que são enviados para fazer. Em qual dela nos encontramos?
Temos aceitado o desafio de ir buscar o que está caído ou esperamos que ele caia na porta de nossa igreja? Temos desejado alimentar o faminto ou esperamos que ele bata em nossa porta já sem forças? Temos anunciado a palavra de Deus ou estamos esperando sentados em nossas igrejas para que se encham de “fiéis” enquanto pecadores morrem sem salvação, sem conhecer ao Senhor?
O Ide de Jesus não é uma escolha, é um mandamento.

O plantar

Temos nós nos preocupado com o que estamos plantando?
Se fomos separados para anunciar o reino de Deus, precisamos estar atentos em como o estamos fazendo.
Infelizmente, muitos estão lançando sementes ruins no meio da terra boa e isto tem confundido os eleitos de Deus. Devemos tomar cuidado com tais sementes, com as palavras que, ao invés de fazer crescer o reino de Deus e os seus frutos, estão denegrindo totalmente o Seu nome.
Mesmo alguns discípulos acabam torcendo e distorcendo a mensagem que é proposta por Deus e acabam se tornando verdadeiros inimigos que lançam joio no meio do trigo.
Em Mateus vemos o clássico texto desta narrativa: Mt. 13.24-30, 36-43
Quando o plantio não é bem realizado, temos as instruções para o tratamento. V. 24-30.
Precisamos preservar o que já está enraizado e não sairmos feitos loucos, desesperados pelo que de ruim foi feito.
Nós pastores precisamos cuidar dos púlpitos a fim de não deixarmos qualquer um lançar sementes contrárias à Palavra de Deus e os fiéis do Senhor precisam ter discernimento daquilo que ouvem.
Será que tudo o que se ouve dos púlpitos de nossas igrejas é Palavra verdadeira de Deus ou os mesmos tem sido usado de forma indigna e absurdamente pecaminosa?
O plantio correto é que fará com que novos frutos cresçam e gerem a 30, a 60 por um.

O cuidar

A oração sacerdotal de Cristo é um modelo para todo discipulador, é a oração do discipulador, aquele que cuida, que se preocupa com os que aprenderam com ele e através dele, as verdades do reino. Leiamos. (João 17)
Após o envio e o plantio, há o cuidado que se faz necessário, mesmo para os que já são experientes, que já estão prontos para continuar lançando as sementes.
Nos versos 1 ao 5, Jesus apresenta um breve resumo do seu ministério e pede, como em poucos momentos em que esteve como homem, a sua “glorificação” como antes tinha junto de Deus o Pai. Detalhe: Ele está sozinho, orando no seu íntimo e por isto se sente na liberdade de usar tais palavras. O que cuida não deseja a glória para si, ele se alegra em ver o crescimento dos seus discípulos.
O que cuida tem em si a responsabilidade e o reconhecimento de que tudo o que fez foi devida a permissão de Deus. Conforme v. 6:

Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiastes, e eles têm guardado a tua palavra”.

A certeza do trabalho bem realizado deve acompanhar àqueles que são escolhidos e enviados por Deus e acompanhado a isto, o trabalho de intercessão pelos que foram discipulados e agora geram discípulos.  V. 7-13

“Agora eles reconhecem que todas as cousas que me tens dado, provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; ora, todas as minhas cousas são tuas e as tuas cousas são minhas; e neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles continuam, ao passo que vou para junto de ti. Pai santo guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para junto de ti, e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos”.

Na continuação desta oração, há o pedido por santificação e uma “extensão intercessória” isto é, por aqueles que “viriam a crer em Jesus por intermédio da sua palavra, da palavra dos discípulos”. V. 14-20
Por fim, o cuidado para que “todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós”. V.21
É incrível o que nos diz o Senhor e como Ele deseja que estejamos: Um com o meu irmão e com o Pai!

Conclusão

Neste momento em que vivemos tempos de preocupação com o anunciar o Reino de
Deus precisamos nos colocar na posição de escolhidos de Deus a fim de cumprir o Seu Ide. Como falamos no começo, o Ide não é uma escolha, é um mandamento e como tal, precisamos cumpri-lo.
O plantio da semente correta e o cuidado com os que estão sendo preparados devem fazer parte do nosso planejamento a fim de que seja possível crescer e assim, novas sementes gerarem novos frutos que gerarão novas sementes.

Para que o fruto permaneça!

quinta-feira, 31 de março de 2011

FILOSOFIA DA RELIGIÃO

CONCEITOS

Através das transcendências nós podemos dar sentidos às coisas. Em toda a religião encontra-se transcendência.

Crença: crer é uma atitude individual / subjetiva.
A crença é sempre indemonstrável e não se verifica.
Quando se fala de crença há sempre um engajamento subjetivo.

Sagrado: Toda a religião tem o sagrado. O poder que àquele que crer concede às palavras, lugares, acontecimentos.
O poder simbólico de uma realização de uma presença transcendente – ultrapassa às próprias coisas.
O sagrado relativiza o que não é sagrado, o profano. E o que é considerado sagrado se torna divino. O profano não necessariamente mal.
É a religião ou o religioso que decide o que é sagrado.
Uma vez que sou eu ou a religião quem decide o que é o sagrado, o sagrado tem o fundamento nele mesmo, não necessita de comprovação.

Mito: Toda a religião tem Mito.
Narrativa que dramatiza situações primordiais. Ex.: O surgimento, a criação, a morte.
São explicações simbólicas.
Procura falar do que é essencial e permanente no humano, sempre de maneira simbólica.
Oferece uma multiplicidade de interpretações possíveis.

Símbolos: Toda religião tem seus símbolos.
Os símbolos são sempre criações convencionais, dependem de um contexto e será sempre interpretado;
É sempre um sinal que indica e representa outra realidade;
Precisa de um contexto para ser interpretado porque sempre remete a uma experiência vivida;
Sempre inspira sentido, porque vai falar de algo que só é possível através de imagens.

Rito: Toda a religião tem o seu rito.
Uma forma de rememoração. Acredita-se que tem o poder de trazer para o presente, vínculos com o sagrado;
Situa a rememoração no espaço sagrado;
Repete um acontecimento essencial para a fé – crença. Ele volta a acontecer abolindo o espaço entre o passado e o presente.


RENNE DESCARTES – 1546 / 1650
Filósofo racionalista.
Obras: Meditações metafísicas e Discurso do Método.

O racionalismo diz que só há conhecimento por meio da razão. A fé não é critério de conhecimento e sim da razão.
A razão é uma capacidade que todo o ser humano é dotado. Dando o mesmo contato com a verdade por meio da intuição sem interferência da sensibilidade não sendo este critério de conhecimento e sim a razão.

O mais importante da razão e da intuição é a IDÉIA;

Só pensamos com a idéia. O pensamento é sempre um encadeamento lógico de idéias lógicas;
A idéia de Deus é inata. Nós nascemos com a idéia de Deus como cada um nasce com as idéias – as idéias são inatas;

1 – Se a idéia de Deus é inata, Deus é a causa da idéia de Deus. Tudo o que existe tem causa. Se eu tenho a idéia de Deus tem que haver Deus para que tenha a idéia de Deus;
2 – Deus é a causa da idéia de Deus em mim;
3 – Deus é a causa de mim tendo a idéia de Deus;

É a intuição que determina que em primeiro lugar a minha existência prova a existência de Deus e não o inverso.

O ESQUEMA CAUSAL

  • Tudo o que é tem causa;
  • A existência de alguma coisa se deduz de uma causa;
  • Penso em Deus. Se eu penso em Deus tenho idéia de Deus. Se eu tenho esta idéia há uma existência causal. Deus tem que existir para que tenho a idéia de Deus. Aquele ser que tem a idéia de Deus e não é Deus, é causado por Deus;
  • Toda a criatura é imperfeita. Sendo imperfeita, a causa não pode ser imperfeita. O que é imperfeito sempre remete para uma causa perfeita ou mais que perfeita;
  • Se há imperfeito tem que haver o perfeito;
  • Se há imperfeição tem que haver perfeição que é Deus. A causa de tudo.

SPINOZA – 1632 / 1677
Filosofo Racionalista
Obras: Ética e Tratado religioso político.

ÉTICA

  • Deus é necessidade absoluta de ser. Deus é a única substância, a substância necessária para que outros existam. Aquele que é necessário existe por si e não precisa de outra existência para existir: Existência necessária;
  • Deus é dedutível pelo intelecto. A existência de Deus se deduz racionalmente e se faz da idéia do existente necessário; A existência necessária é a única substância que é Deus. As outras são modos de substância;
  • Deus é a substância infinita e necessária – Todas as outras coisas só podem ser concebidas a partir de Deus.

TRATADO RELIGIOSO - POLÍTICO

O sistema religioso se concretiza pela institucionalização da crença.
Esta institucionalização ritualiza a existência de quem crê.
Enquanto dura a crença, os crentes são dominados por esta crença.
Se o mundo fosse a favor das pessoas, os homens nunca seriam prisioneiros das crenças.
Essas crenças nascem do medo e da impotência do homem diante do mundo.
Essas crenças consolidam as relações entre religião e política. O estado se torna autoritário.


KANT – 1724 / 1804
Filósofo Idealista.
Suas obras: A Critica da razão e A religião dos limites da própria razão.
Deísta: Pode se crer em Deus pela revelação sem a graça e sem a fé.

A Razão procura 03 conhecimentos:
1 . Conhecer o Mundo – A síntese das experiências objetivas;
2 . Alma – A síntese das experiências subjetivas;
3 . Deus – Síntese Suprema.

  • Não existe conhecimento puramente objetivo – está sempre condicionado ao sujeito;
  • Não existe conhecimento puramente subjetivo – a determinação do mundo que é síntese do objeto, está condicionada pela subjetividade;
  • Rejeita as provas racionais da existência de Deus – Deus não precisa destas provas racionais;
  • As provas racionais não provam a existência e nem a inexistência de Deus. Provando ou não, crê-se pela razão.
  
Conhecimento Transcendental

A indagação pelas condições de possibilidade do conhecimento de um objeto que já está no próprio sujeito – existe conhecimento que já está no sujeito.

Dedução transcendental

Para se falar de Deus, precisa-se desta dedução.
Só utiliza conceitos puros do entendimento e é puramente formal – não se relaciona a nenhuma experiência.

Fontes do conhecimento:
Sensibilidade – Experiência.
Razão – Entendimento.


SOBRE RELIGIÃO

  • O que leva alguém à religião é a moral. A moralidade é uma lei que está impressa em toda a humanidade;
  • Cada um procura a religião que é a idéia do bem;
  • As religiões contem idéia de Deus: Sem idéia de Deus a virtude que o homem pratica não permite a felicidade. Toda a moral prega a pratica de virtudes. A religião é a possibilidade de se realizar no mundo a união entre moralidade e felicidade;
  • Religião é o conhecimento dos seus deveres

CONDUTA MORAL – EXIGÊNCIA DE DEUS

A religião encerra normas práticas de moralidade.
A religião supõe a existência de Deus e a imortalidade da alma.
Desenvolve a propensão de fazer o bem com a ajuda da religião.
A religião quer transformar as intenções do ser humano.
A religião transforma a tendência ao só cumprimento do dever para a idéia de santidade.
Admiração do sacrifício e ações virtuosas.

TIPOS DE RELIGIÃO

Do culto: procura nas suas ações os favores de Deus;
Moral: Incentiva que cada um deve fazer o bem e fazer o melhor possível para ser sempre melhor.
Não precisa saber nada de Deus, mas exige-se fazer o bem, ter um comportamento moral para ser melhor.

Crítica de Kant:

Ao invés de fundar comunidades, a Igreja teria mais autoridade se reunisse pessoas de boa vontade e fazer a razão se inclinar para a fé. As religiões pedem que você renuncie à razão.
F. HEGGEL – 1770 / 1831
Filósofo idealista.
Suas obras: Lições sobre filosofia e A fenomenologia do Espírito.

LIÇOES SOBRE FILOSOFIA DA RELIGIÃO

Tanto a Filosofia quanto a religião estão buscando a verdade.
A religião procura conciliar o finito com o infinito. Pegar a vida finita e levar para a vida infinita.
Há 3 formas de consciência religiosa (só imanente):

  1. Individual – tem certeza mas não justifica nenhuma certeza;
  2. Intuição – A consciência imediata que se tem da crença e da fé. Um conhecimento imediato que se tem de Deus. Não necessita que se fale ou que se ouça a respeito Dele.
  3. Representação – Fica no nível do pensamento. No campo da reflexão.

Religião e política não são opostas.
Uma reflexão sobre fanatismo: "A religião se torna fanatismo se se fixa na forma religiosa e recusa a objetividade do mundo. A forma religiosa é o modo de expressão de uma religião".

A religião está na base da vista ética – teoria de princípios. Idéia sobre a origem da religião.
A ética por meio da religião e esta por meio da ética.

O homem religioso conserva duras características:

* Isolamento e infelicidade.
* Isto porque ele crê no infinito.

A vida religiosa é uma vida na infelicidade sem satisfação. Por causa desta característica é que a religião não acaba.

A infelicidade tem duas fontes:

1. O desejo da imortalidade individual;
2. O medo servil e escravizante da morte.

A vida na infelicidade é uma vida sem satisfação interior. O homem religioso é insatisfeito.

A religião cria uma opção entre o mundo humano e mundo divino. O homem religioso escolhe o que é transcendente – definido como absoluto, aquilo que está fora do mundo, está no espaço temporal.
A religião vai considerar o transcendente como divino. O religioso vai se escravizar a este divino. Ele se torna escravo por não conseguir superar a divisão que já aceitou da realidade.
Tendo feito a escolha, passa-se a dedicar somente a Deus que já colocou como oposto ao mundo.
Ele é escravo porque não consegue realizar a liberdade e fica preso a infelicidade da sujeição.
Quando o homem religioso age, ele pensa que quem age é Deus. Desta forma ele nuca age, assim é escravo.
“Para livrar-se da infelicidade para chegar à insatisfação, chegar à realização do seu ser, o homem deveria abandonar a idéia de ‘além”. Reconhecer que sua realidade e ação, são suas livremente efetuada; Compreender que a religião não é nada fora do mundo, é onde nasce, vive e morre e onde poder realizar o que deseja no mundo.

Realizar a plenitude é realizar o que deseja de si mesmo. Ao compreender isto, o homem deixa de ser infeliz, se torna o homem, o ser da razão. Não ter religião.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Você é o que voce joga fora!

Texto base: Romanos 12

O novo em Cristo

·         Em Cristo o sacrifício maior foi realizado fazendo com que o passado de práticas erradas, dos velhos costumes e hábitos não seja mais necessário. V. 1a
·         Em Cristo o culto racional, sem formalidades e ritos é chamado de culto espiritual onde o novo se faz presente e todos têm prazer em prestá-lo a Deus. V. 1b
·         Em Cristo o desejo pela mudança está presente constantemente. Não a mudança que gera inconstância, mas a que leva à transformação como o propósito de chegar à perfeição.

Você é o que você joga fora
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Fl. 3.13-14

Em uma limpeza é necessário separar o que presta do que não presta. Os entulhos devem ser jogados fora. Eles atrapalham, podem trazer maus recordações. Tiram o lugar do que é novo!

As virtudes
O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;
Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Romanos 12: 9-21


As escolhas

O amor ou a hipocrisia? – V. 9,10
O zelo, o fervor, o serviço ou o relaxamento, a frieza, a preguiça? – V.11
A esperança, a paciência, a perseverança ou a baixa auto-estima, a impaciência, a desmotivação? V.12
O compartilhar, a hospitalidade, o ser abençoador ou a omissão, o ser anti social, amaldiçoadores? V.13,14
A participação, a transparência, a humildade ou a indiferença, as duas caras, o orgulho? V. 15-16
A pacificação ou a articulação para o mal? V. 17-18
Dependentes do agir de Deus ou a impetuosidade? V. 19
A mão estendida ou a vingança? V.20
Vença o mal com o bem. V.21

O que faz a limpeza correta será considerado novo homem com:

Um novo coração

Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne;
para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
Ezequiel 11.19-20
Do contrário...
Mas, quanto àqueles cujo coração se compraz em seus ídolos detestáveis e abominações, eu farei recair sobre sua cabeça as suas obras, diz o SENHOR Deus.
Ezequiel 11.21
Certo de suas escolhas

se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,
no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,
e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,
e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,
nem deis lugar ao diabo.
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.
Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
Eésios 4.21-32

Nova Criatura

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
2 Coríntios 5.17

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Obras da Carne & Frutos do Espírito


“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade (amor), gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5.19-23
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do Espírito.

OBRAS DA CARNE.

“Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17).

As obras da carne (5.19-21) incluem:

(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.

(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).

(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).

(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).

(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).

(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).

(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).

(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).

(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).

 (13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.

(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.

(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do
reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).


 O FRUTO DO ESPÍRITO.

Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).

O fruto do Espírito inclui:

(1) “Caridade” (amor) (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14). 

(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).

(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).

(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).

(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).

(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).

(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).

O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

Fonte: BEP